Friday, July 22, 2011

Os ouvidos não são de concreto


Galera, tudo bem? Temos um grave problema e não podemos mais ficar estáticos. Sei que há muitos outras questão, talvez até mais importantes, mas como não dá pra esperar que sejam resolvidas de uma por uma, quero chamar atenção para uma situação desrespeitosa, resultado do crescimento urbano: poluição sonora da construção civil

Recentemente, publiquei um artigo no Jornal O POVO sobre o assunto. Foi reproduzido também no Blog do Eliomar. Vou replicá-lo aqui no blog pra que vocês, leitores, possam acompanhar. 

Isso é só o começo do barulho silencioso que vou fazer contra esta prática que nos tira a paz com um toque de cara de pau incrível. Eu, Andreh Jonathas, vou até o fim. Se vou conseguir ser respeitado como cidadão, não sei, mas que vou tentar, ah, vou! Ainda acredito que não estamos em uma cidade sem lei. Será que estou iludido?

Os ouvidos não são de concreto


Juntamente com o paraíso pintado nos folders de condomínios do tipo “venha morar no melhor lugar do mundo”, alastra-se uma peste que inferniza a população de Fortaleza: a poluição sonora.

A construção civil é um dos setores que mais emprega no Ceará; tem forte influência positiva no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado; constrói o sonho da casa própria da população local e hospedagens aos visitantes.


Mas a intensidade dos ruídos é diretamente proporcional ao desenvolvimento desta atividade econômica.

Duas torres residenciais, de uma mesma empreiteira, estão sendo erguidas próximas onde moro. Marteladas, serrarias e outros intensos ruídos ecoam, pelo menos, a duas quadras do lugar. No meu caso, tiram a paz das poucas horas de descanso no sábado e domingo. Isso mesmo: domingo. O engenheiro responsável, com o qual mantive contato pessoal e telefônico para queixa, não resolve o problema e diz ter autorização para trabalhar sábado e domingo. Na semana, inclusive, ultrapassando o horário comercial.

Se existe uma legislação específica para ruído da construção civil, ela não está sendo cumprida. O Disque Silêncio, que também recebe denúncias pelo “190”, não resolve. Após a reclamação, uma viatura chega ao local, olha os documentos e vai embora. Mas a denúncia foi contra o barulho, não contra a documentação da obra. O barulho continua.

O problema não é particular, é coletivo e, certamente, incomoda tanto quanto os chamados paredões, que já possuem uma lei municipal direcionada. Não é possível implantar um programa de amenização de ruído por parte das construtoras? Dinheiro não deve faltar.

Convoco a população a não se acostumar com este desrespeito e cobrar das autoridades públicas e privadas um posicionamento sobre o assunto.

Pior que os ruídos das obras é a sensação de que os cidadãos têm pouca, ou nenhuma, voz contra o barulho da construção civil. Bom lembrar que os ouvidos da população não são de concreto.

3 Comments:

At 6:35 AM, September 08, 2011 , Blogger Conexão/Ibaretama (por Jéssica Teixeira) said...

This comment has been removed by the author.

 
At 6:39 AM, September 08, 2011 , Blogger Conexão/Ibaretama (por Jéssica Teixeira) said...

Assino em baixo! Não moro em Fortaleza, mas aqui em Quixadá/Ce estão acontecendo casos parecidos. O pessoal que está destruindo casas velhas para fazer galpões, garagens, enfim, para fazer novas construções... escolhem trabalhar justamente à noite, que é quando tentamos descansar do barulho contínuo da rua, de carros de propaganda com seus sons altíssimos. Mas, assim como todos, o disk denúncia daqui também não resolve!

Vou postar no Twitter: #NossosouvidosnãosãodeConcreto
E vamos sim levantar a nossa voz contra a poluição sonora. Afinal de contas, ainda somos civilizados!!!

Gosto muito de suas colocações Andréh Jonathas e o admiro muito.
Abraço!

 
At 6:43 PM, September 13, 2011 , Anonymous Anonymous said...

Muito grato pelo apoio, caríssimo. E pela admiração também. Temos que usar nossas "armas" (por vezes, frágeis e ineficazes) contra o que nos indigna.
Grande Abraço
Andreh Jonathas

 

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