Crime de calango
De cabeça pra baixo. Estava lá. Sujo e sangrando. Rachado e gotejado segundo a segundo. De boca aberta e inscrição marcada no topo do peito. No escuro, aguardava ser salvo, limpo. Mas não reclama. Está acostumado a ser tratado assim.
Não a toa, foi arremessado ali. Alguém fez o que não deveria. Crime maior foi não ter me avisado. E com estado de espírito em desvantagem, só aumenta a dor. Menos mau ser fácil reverter a situação.
Não tenho pra quem denunciar. Ninguém se importa. Só quero saber uma coisa: quem pegou meu copinho de cachaça, bebeu minha Mangueira, jogou o copo sujo na pia e deixou a torneira aberta?
2 Comments:
André.
Mandou bem na campanha do uso racional da água! O melhor é que ela não vem com slogans vazios!
Adoreeeeeeeeeeei!!!
Vou comentar essa idéia com meus amigos!!
Você dá Show primo!!!
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