Desrotina
Sete dias. Rotina insistente. Tic-tac lento. Sensações em alternância. O corpo se sente (quase) conformado com a possibilidade de não mais tocar a paz e o prazer ao mesmo tempo. Olhar lejo e a alma cercana.
Quase ditatorial processar a sensibilidade ao silêncio, quando o dom ensurdecedor do silêncio se contrapõe ao dom barulhento, muitas vezes, inaudível. No calor e no vácuo, o tic-tac teima em querer entrar em pânico, mas a autoridade que o corpo não tem nos momentos de ausência, a mente sobressai à perfeição do que premune e desacredita.
Tão logo o raciocínio é vencido pela tremenda emoção, os olhares se derramaram sobre o círculo amarelado gigante que salta do mar. Apesar de não se repetir sempre, 30 é a dezena. E tinha mesmo que ser assim, lloco. Entre a gaiatice sertânica e a tagarelice desmedida, desarolla o contexto dos dispostos e opostos.
Lugares comuns. Uma vez, inverno, outra vez, verão, e vire-versa. Faz a diferença dos sentimentos ubicados em quatro paredes gelo e nas encarnadas quentes. O receio será bastante compreensível - sempre - como os riscos inevitáveis são temidos. Coragem!
Oh, deuses do Olimpo, integrais a tradição e alterais, mesmo que por um sopro de segundo, a mente. E se há restrição religiosa, o propósito é renegar o kidush e qualquer obrigatoriedade dogmática. O deserto não é aqui. Teu corpo é meu rosário e nele vou rezar, já dizia Lobo.
A matéria-prima deve ser a mesma. A maciez e os efeitos são, digamos, distintos. Significantes mais fortes que os significados. Estímulos completos... saúde!
Uma flor solitária, com suas pétalas, sobre uma haste coberta por folhagem. Prefiro as lanceoladas, mas nesse caso, formas variadas são bem vindas. Aromas diversos dão o tom das pequenas e intensas chamas. Um convite para ouvir os tambores do peito.
Como um turbante, saíram da China para a Pérsia. A adaptação, uff!, é possível. Não murchar as folhas, evitar vento e muito sol. Em trinta dias, floresce. Há tulipas que florescem do nada. Agradeço, ao nada, por tudo, mesmo que nada seja por acaso.
2 Comments:
Quem escreveu isso deve ter fumado um beck!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
fui eu, mah! fumo n...haha
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