Deus e suas intenções precisam mesmo de modernização. E a fé chegou aos mais subjetivos e longínquos pedaços desta terra que o homem a de comer. Depois de entrar na onda do cartão de débito para cobrar os serviços da igreja, inclusive o dízimo (nesse caso, não serviço), chegou a vez da libertação através dos pixels virtuais, por dentro de uma tela de computador. Num movimento que eu chamdo de Cruzada Virtual, as religiões buscam novos adeptos e fidelização dos antigos religiosos não cessa.
Bom, agora sou parte de uma experiência sobrenatural na internet. Minha querida mãezinha, religiosa que é, sempre deixa terços pendurados em locais estratégicos, mensagens espirituais espalhadas nos quartos e consegue água benta pra gente beber. Enfim, cada um no seu quadrado, mas eu ainda fico, às vezes, no quadrado dela. E o diálogo da semana foi: - Meu filho, eu acendi um vela pra você. – Não acredito, mãe. Vai ficar a casa impregnada de cheiro de vela. Cadê? – Na internet. – Como assim? – É, vem cá que vou te mostra.
E num é que é verdade. Tava lá, uma vela acesa pra mim na internet. O lance é o seguinte. Você acende uma vela virtual, dedica pra alguém ou a alguma causa, e ela fica sete dias acesa, representando a fé, religiosidade e coisas do tipo. "É vela de vida", argumentou minha mãe.
Enfim, é de graça, fácil de fazer, inovador, não fede e não queima. Então, deixa lá. Tudo que vier pro bem, tá valendo. Contanto que eu não tenha que andar de joelho, subir escadas de costas ou caminhar longas distâncias a pé pra pagar promessa...
Pra quem está com a fé em dia, vale uma vela na world wide web:
http://www.paieterno.com.br/?class=Velas&method=onListarVelas