Monday, April 28, 2008

Prestígio



Sunday, April 27, 2008

"Eu amo a sogra da minha mulher"


Em meio a tantas comemorações: Lembranças do que aconteceu, de alguém que nasceu, de alguém que morreu, de coisas “relevantes” para tal cidade, e tal e tal, algo surge no ar. Solenizar... serve para inspirar, brindar, protestar, tirar uma onda para aparecer na TV, aproveitar para divulgar um trabalho sem patrocínio e até pra atrair mais umas visitinhas no seu blog particular (coisa que eu não faço |w/) enfim, datas comemorativas mais do que mexem com a mente dos habitantes terrestres.

Já se passaram datas “importantes” este ano, como carnaval, dia de um monte de santo, Páscoa, Dia do Jornalista e de um outra pancada de profissionais; Dia do Índio e Tiradentes. O aguardo agora é para o dia da nossa mãezinha. Masssssssss, enquanto a data que o comércio tanto espera não chega, outro importante movimento toma conta dos nossos corações... tchanammmmmmmmmmmm!


Hoje (28) se comemora o dia do mítico-folclórico-lendário- fabuloso-alegórico-inacreditável-fantástico-formidável... (acabarou o repertório de adjetivos pertinentes) personagem da nossa cultura popular, tchanammmmmmmmm de novo, a sogra.

Nosso importante registro judicial, o Código Civil, deu um voto de valorização à sogra e a deixa (além do sogro) como a única pessoa da família da ex-mulher com quem continuamos tendo parentesco após a separação. Isto é: “Uma vez sogra, sempre sogra”, conforme artigo de um mestrando em Direito Privado (ver artigo: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8135).

Aqui vai a frase mais original sobre sogra (um grande abraço para Dona Fátima, mãe da minha pequena... rss): “Eu amo a sogra da minha mulher”, reproduzindo as palavras do meu brother “Júnior Grandão”, de O Estado, e aproveitando para deixar a homenagem do Surtou às sogras e às mães ao mesmo tempo. É isso!

por Andreh Jonathas

Tuesday, April 22, 2008

Comunicação é tudo

MSN, hora do almoço, dois funcionários de uma loja de surf (sem preconceito, claro) ...

Mano: blz, mermão?

Brother: ham?
Mano: tudo massa?
Brother: Meio craudiado
Mano: pode crer!

Brother: poisé!

Mano: então?
Brother: hein?

Mano: na paz?

Brother: tá irado!
Mano: é né?
Brother: então tá.
Mano: sóooooooooooo!

...Volta ao trabalho.

Homenagem carinhosa à repórter Luana Lima, de O Estado.
Mini "hang lose" pra você.
\w/

Saturday, April 19, 2008

Isabella News - número dois (e derradeiro)

Espetáculo.

É osso, mas é isso!

Inspirado por Fábio Marques.

Isabella News - número um


A Record News anuncia mudança na sua razão social. O Surtou apurou que o canal deverá se chamar Isabella News. Estranho, né? Não entendi.

Bom, a notícia, obviamente, não é verdadeira, mas bem que poderia ser. A espetacularização da tragédia da “menina Isabella” tomou proporções insuportáveis naquele e nos outros grandes produtos midiático nacionais. Pelos menos, a renda e a valorização do bairro aumentaram: casas vizinhas estão aumentando a renda cedendo um lugarzinho para captação de imagens privilegiadas... (que merda); deve ter carrinho vendendo cachorro-quente e churrasquinhos na rua... (salvação da carniça especulativa); enfim, uma festa. Mas festa?

Outro setor alavancado... (falando na apropriada linguagem econômica) foi o de prestação de serviço na comunicação. Claro! Mais jornalistas, técnicos, cinegrafistas, fotógrafos, blogueiros... (inclusive, eu, neste momento) estão trabalhando neste caso, que se transformou em uma verdadeira farra midiática. Audiência alta significa manter a banalização da violência, o que não é nenhuma novidade. É só olhar para os famigerados programas policiais locais. Mas isso é outra conversa.

Voltando à “menina Isabella”, a “forçassão” de barra é tão grande, que populares estão sendo interpelados pelos repórteres para opinarem sobre o caso. O problema é que a visão de condenação do casal, que ainda não havia sido nem indiciado (acusação formalizada pela Polícia), é a única que repassada. Manipulação?

A única ressalva é que somos seres humanos, e transpiramos emoções. Pena que todos estejamos sendo colocados à prova de análise 24 horas sobre o “espetáculo”. Prova disso, é uma prima minha, de nome preservado... (usando a também apropriada linguagem policial) que desenhou o fato da maneira como ela está entendento. Ver a imagem, publicada acima, desenhada por uma criança de seis anos é, no mínimo, intrigante e faz refletir.

Boa notícia. Para quem quiser fugir da “Novela Isabella News”, sem deixar de refletir sobre o caso e sobre a violência, claro, a indicação pertinente e clicar no link da Agência Boa notícia, uma iniciativa que valoriza o que de bom acontece. Este blog parabeniza a idéia e aplaude ações similares: http://www.boanoticia.org.br/

É osso, mas é isso!

Por Andreh Jonathas


Thursday, April 17, 2008

Perturbação

Poisé! Não sei de onde nem como, mas baixou um espírito de poeta em mim. Eu continuo preferindo chamar de surto poético. Pra combinar com o nome do blog. Opa! Já estou começando a achar que... está acontecendo de novo... aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... só que, desta vez, é um cronista... logo estará digitalizado e online. Enfim, segue o seguinte. É isso!

O

eterno

prazer

vermelho

do

incômodo

de

olhar

pra

você

blindada.

O Mesmo autor desconhecido
que se chama Andreh Jonathas


Thursday, April 10, 2008

maiZÉ mané

Para quem vê uma mané poesia em um mané surto poético...

Sou triste,

Não sou poeta, maS OU feliz

Estou liso, maS Ó feliz

Embora estressado, maS feliz

Com caganeira, MASSA feliz

Sem noção, + feliz ainda

Chuva e buraco, borracheiro feliz

chuva e descuido, mosquito feliz

Avuado, mAS A feliz

De ovo virado, maiZÉ feliz

Descuidado, MANÉ feliz

Mas sou feliz.

Autor desconhecido,
mas chama-se Andreh Jonathas

Tuesday, April 08, 2008

Quanta coisa cabe num beco




Muito movimento num espaço restrito. Mas que ninguém reclame, pois ele cumpre bem sua função. Afinal, ele não é uma rua. É apenas um beco, um lugar de passagem. Como a ponte, serve somente para atravessar. Isso se ele não fosse o Becco do Cotovelo, em Sobral, a 230 km de Fortaleza.

Na movimentação do centro da cidade, o passo apressado da população encontra no Becco do Cotovelo não apenas um caminho mais curto, mas também o próprio destino. Pagar contas, fazer chaves, merendar, comprar revistas, revelar fotografias, cortar cabelo, fazer a barba: tudo isso pode ser feito nas bancas, loterias, lanchonetes e vendedores ambulantes do Becco.

Ele é chamado de coração da cidade conhecida como Princesinha do Norte. Um coração delicado, de apenas 100 metros de extensão, mas muito pulsante e de língua bem afiada. É parada obrigatória para quem quer se atualizar sobre os acontecimentos e palco das mais ferrenhas discussões sobre política, esportes, atualidades e fofocas. E olhe que ele não foi mal-criado, não.

O Becco do Cotovelo foi cuidadosamente arquitetado e construído em 1842 para facilitar o acesso dos pedestres entre as ruas do Largo do Rosário, construídas sem alinhamento. Aos poucos, foram se delineando as vias, que ligavam o espaço urbano ao núcleo inicial da povoação de Caiçara, de onde se originou Sobral, à Praça da Igreja Matriz.

Óculos comunitários

Expedito Vasconcelos, presidente da Associação dos Amigos do Becco, mantém um livro com o registro dos visitantes ilustres. Muitos políticos passaram por lá durante campanhas eleitorais, quando as discussões no Becco ficam mais acirradas. Entre as assinaturas estão as do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati, Ciro Ferreira Gomes, Mauro Benevides, Juraci Magalhães, Leonel Brizola, Heloísa Helena, o jornalista Lustosa da Costa, a escritora Rachel de Queiroz, o cantor Falcão... E não basta rubricar. Expedito explica que os visitantes respondem perguntas no livro e assinam suas respostas.

Esta espécie de calçada da fama está exposta em fotografias no Café Jaibaras, ponto de encontro no Becco do Cotovelo há 55 anos. Lá tem cafezinho, jornal e amigos passando pela calçada. O cliente se sente no aconchego do lar. A diferença é que tem de ler o jornal em pé. Expedito conta que passou a fixar os jornais no mural por perceber que a maioria dos sobralenses não tem o hábito de comprar jornais. Os leitores conferem as notícias de Sobral e da Zona norte do Ceará, e o Café Jaibaras oferece como cortesia os óculos comunitários, para auxiliar na leitura. Há mais jornais em Sobral do que eu sabia, pensei. “O povo traz tudo pra distribuir no Becco. É onde você encontra todo mundo”, explica Expedito. Olha! O próprio Becco é o protagonista de algumas reportagens.

Prêmio e roda de capoeira

No sábado, dia de maior movimentação no centro comercial da cidade, o Becco do Cotovelo é palco da transmissão ao vivo de um programa de rádio local. O apresentador e os convidados ocupam uma calçada elevada e o público os acompanha atento, dividindo o espaço com pessoas que seguem para as lojas vizinhas. Opa, afasta um pouco mais que vai começar uma roda de capoeira. Uma roda de capoeira num beco? Isso mesmo.

No Becco do Cotovelo, acontecem manifestações, comemorações de dias dedicados a profissionais, campanhas educativas, prestação de serviços de saúde etc. Naquele sábado, foi anunciado o Prêmio Imprensa, que conferiu o resultado da votação feita numa urna eletrônica instalada no Becco, para escolher os profissionais de destaque nos jornais e rádios de Sobral. Quem passasse por lá, podia votar.

Expedito Vasconcelos enfatiza que qualquer pessoa pode passar no Becco, hoje em dia, porque ali é um lugar de respeito. “Antigamente, há uns 40 anos, as mulheres evitavam andar no Becco, pra não ser alvo de cantadas e coisas do tipo. Mas hoje o povo respeita, tem mulheres que trabalham lá... Hoje não existe mais isso, não”, enfatiza. Mas ele também não nega alguns fatos. “Inclusive, eu namorava uma menina na época, e pedia a ela pra não passar no Becco”.

Só não fique calado

Alguns vendedores idosos montam e desmontam diariamente bancas de revistas e discos antigos. Um LP da Xuxa chama a atenção de nostálgicos, ainda que caído num canto do chão. No primeiro plano, chamando mais atenção que ele, estão publicações de mulheres peladas com capas já quase sem cor.

As filas nos balcões de recebimentos de contas ocupam a estreita largura do Becco e quase cobrem a entrada das outras lojas. Mas aperta daqui, pede licença acolá, e conseguem passar ciclistas empurrando bicicletas, pessoas indo para várias lojas e outras indo para lugar nenhum. Estão apenas aguardando, em pé, que o sol pare de bater nos bancos para que possam, enfim, sentar-se.

Mas a tranqüilidade de ficar de papo pro ar é só pra quem tem a consciência limpa. “Geralmente, não passa no Becco quem tem algum problema, como dívida, ou levou chifre, e tem medo de passar e ser falado”, explica Expedito. Afinal, o povo obedece direitinho ao lema: “Fale bem ou fale mal, só não pode é ficar calado no Becco do Cotovelo”.

“Por favor, você pode abrir essa caixinha pra mim?”, convido um rapaz que vai passando na calçada do Café Jaibaras. “Não!”, responde incisivamente. Ele já conhecia a pegadinha montada para pegar os curiosos. Tento mais uma vez, mas ninguém quer sair na foto como o maior fofoqueiro do Becco.

Tem gente que marca encontro no Becco, e outros que se encontram sem combinar. Ao final de uma manhã, conto um saldo de ter conversado com dois amigos de infância e dois ex-professores, além do fotógrafo que fez meu álbum de 15 anos. O estúdio dele continua no mesmo endereço, depois de alguns muitos anos. A atendente da papelaria onde eu passava depois da escola também ainda é a mesma.

Entre os cartões-postais à venda à porta da livraria, o Becco sorri todo iluminado, entre outros pontos turísticos de Sobral. Ele havia posado para uma sessão de fotos à noite, porém vazio. À luz do dia, com a luz natural e a movimentação que faz dele um lugar peculiar, é muito mais bonito.

Por Claudiene Costa
Fotos Claudiene Costa


Thursday, April 03, 2008

Interpretação é tudo

Essa música sem esse vídeo...



É Isso!
Colaborou Lise Mendes